quarta-feira, 30 de novembro de 2016

The Gravity Zero Sessions III > 3 DEZ > 21h





As sessões "Gravity Zero" são um conceito nascido do centro de cultura alternativa Mocho de Prata e da Associação de Artes "Abismo Humano", focando-se numa temática de xamanismo tecnológico por via da arte sonora, do movimento e da palavra dita, procurando proporcionar um estado de suspensão perceptiva, entretendo e oferecendo uma experiência lúdica invulgar.

Trata-se de um festival de performance exploratória e música experimental, onde ainda se alinha o underground na sua verdadeira concepção.

Acontece no recinto da LXFactory, no auditório da Livraria Ler Devagar situado no piso superior, proporcionando igualmente convívio e relaxamento no bar junto do auditório.

Para que se mantenha esta iniciativa consoante as suas despesas, recomendamos uma taxa de donativos.

Donativos recomendados:
conjunto de 1 pessoa, 3 euros
conjunto de 2 pessoas, 4 euros
grupos de 3 ou mais, 1 euro por pessoa.


folheto:

BANCAS

URUBU
Associação de Artes Abismo Humano

PERFORMANCE/CONCERTO

Nuno Bastos
- A principal expressão do trabalho de Nuno Bastos encontra-se nas artes de palco. Dedica-se também à escrita e, mais raramente, às artes plásticas. Actuou em vários lugares, entre os quais, no Centro Cultural Olga Cadaval (em Sintra), na Livraria Ler Devagar (Lisboa), no EKA Palace (Lisboa), na ADAO (Barreiro), etc. Quanto ao seu trabalho de escrita, tem textos publicados no Jornal de Sintra, na colectânea "A Boca da Noite" (da Abismo Humano), na revista Selene - Culturas de Sintra, etc. Costuma também dizer prosa e poesia. Expôs pintura e desenho em vários locais. Recentemente criou o projecto "Colectivo Arcaico", o qual integra, juntamente com outros artistas. Formou-se em artes plásticas, pelo Ar.Co.

Rasal.asad/Shhh...
- Rasalasad é um projecto de cariz electrónico / ambiental /experimental de Fernando Cerqueira.
Fernando Cerqueira iniciou as suas actividades no final dos anos 80 com o seu projecto de musica electrónica industrial Croniamantal, com o fanzine Atonal e a editora SPH, onde editou Jim O´Rourke, Merzbow, Smersh, Maeror Tri, Brume, The Haters, Telectu, etc.
No virar do século lança a editora Thisco, onde edita Rasalasad, Merzbow, Kk Null, Rapoon, Lasse Marhaugh, Jarboe, Von Magnet, entre muitos outros.
A par da Thisco é editor das antologias oculturais Antibothis, onde participam Hakim Bey, V. Vale, Carl Abrahamson, Andrew Mckenzie (Halfler Trio), Critical Art Ensemble, Pentti Linkola, Erik Davies, Robin Rimbaud, Francisco Lopez,etc.
Editou varios trabalhos para a Symbiose, Thisco, SPH, Grado, Blocsonic, Illuminated Paths, La Nostalgie de la Boue, Enough Rec.
- Rui Bentes, o mentor do projecto de musica electrónica / experimental / ruidosa Shhh... está no activo desde os anos 2000 e desde essa altura que tem vindo a editar regularmente cds com a chancela Thisco. Por entre os vários discos editados encontram-se colaborações com musicos nacionais e internacionais tais como Carlos Zingaro, Francisco Lopez, Thisquietarmy, Anla Courtis, Philippe Petit, Dave Philips, Bolt, Cris X, Martin A. Smith, Zenial, Rasalasad.

Soraya Moon
- Começou a sua busca na dança jazz aos 10 anos e aos 13 anos em Street dance.
Aos 14 anos entrou em aulas de música e guitarra clássica, em que se seguiu aulas de canto clássico e baixo eléctrico.
O seu caminho passou também pelo Chapitô no curso "Ofícios do Espectáculo".
Em 2006 entra em aulas de dança oriental com a qual se apaixonou profundamente e em 2007 conhece Iris Lican, tirou o curso profissional de massagem ayurvédica e de Vyayam Yoga e ainda teve aulas à parte de Yoga, Karaté e Kung Fu Shaolin.
Actualmente dança com as Ignis Fatuus Luna, é fundadora das Akathisia, e faz parte do projecto Gothic & Metal-Fusion.

Babalith & Eunice Correia

- Babalith é um projecto português da Margem Sul fundado por André Consciência que oscila entre o Dark Ambient, o Experimental, o Noise e o Psicadélico. Surge em 2008, com o objectivo de criar música que cause estados alterados de consciência através da experiência sonora tanto como denunciar as obsessões religiosas e civilizacionais.
Em Babalith surgem convidados vários, como professores de línguas mortas e de instrumentos tradicionais. 2009 recebe Babalith em algumas rádios, como a Silver Star Radio, e materializa-a em DVD pela SilkMilk. Começa um processo de ilustração sonora de poemas e performances, tendo o artista Albano Ruela na Vídeo Arte. Em 2010 o álbum "Le Musqueé du Pape Femme" é lançado pela Necrosymphonic Entretainment de Charles Sangnoir e Babalith recebe, no geral, a divulgação da Associação de Artes "Abismo Humano".
Trabalha então vastamente com a experimental "Korvustronik Netlabel" e os seus projectos e assina mais tarde exclusividade, sob o nome original de Babalith, com a editora britânica de música ritual "Sombre Soniks".

- Eunice Correia é actriz, nasceu em Lisboa e é filha de Cristina Pereira e José Ramalho, marionetistas influentes que integraram e dirigiram a companhia já extinta, Marionetas de Lisboa.
Iniciou a sua carreira na RTP, em dobragens de programas infantis como “O Jardim da Celeste”, “Animais Bebés” e “Tweenies”.
Em 2008, inicia o seu ciclo académico de estudos teatrais no curso profissional de Artes do Espectáculo, na Escola Secundária Passos Manuel, em Lisboa e finaliza-o com a licenciatura em Estudos Artísticos – Artes do Espectáculo na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Estreou-se no cinema com Margarida Gil na média metragem "Perdida Mente" e participou ainda no filme “Paixão” da mesma realizadora.
Trabalhou também com Lorenzo Degl'inocenti no vídeo clip “Maria Alice” dos Virgem Suta e recentemente com Diana Lima e Pedro Martins na curta-metragem “A Fêmea” que ganhou o concurso Micro-curtas Yorn no MoteLx’16
Em 2010, é nomeada para o prémio “Jovem talento L'Oréal” no Estoril Film Festival.
No teatro, foi actriz residente na Cia. Teatro Salomé, dirigida por Lourenço Vaz Gil, com que fez digressão por França e participou no Festival Off d’Avignon. Colaborou com encenadores como Moncho Rodriguez, no espectáculo “O Desejado”, que integrou o festival Janeiro de Grandes Espectáculos 2013 em Recife no Brasil. E com Manuel de Almeida e Sousa, Tito Celestino da Costa, entre outros.
Como marionetista trabalhou com José Ramalho nas óperas “O Retábulo de Mestre Pedro” de Manuel de Falla (2011), e actualmente na “Flauta Mágica” de Mozart, dirigida por Tito Celestino da Costa.
Desde 2015 que integra o grupo de teatro e animação de rua TEN-TART dirigido por Patricia Caeiro, e prepara neste momento o seu projecto a solo, com a encenação de José Ramalho, “O Pranto de Maria Parda” de Gil Vicente.


O Clube da Moca Vermelha
- O Clube da Moca Vermelha (anteriormente conhecido por Orrrrrr!) surge da vontade da manipulação de sons pré-gravados com recurso a field recordings e da posterior criação de atmosferas experimentais e estranhas ao ouvinte, por assim dizer um ode à música concreta e naturalmente ao som acusmático. O projecto envolve convidados. Para a terceira edição do Gravity Zero conta com a participação de André Consciência na voz e a performance da bailarina e professora de dança Mary Nemain, Ao longo do percurso de bailarina, Nemain já trabalhou com diversos artistas, como Soraya Moon, Mariana Lemos, Navras Negative One, Iris Lican, Baltazar Molina, Advent Mechanism, Ignis Fatuus Luna, Moonspell, Freya, Aisha, Cintia Matias, Cláudia Laia Sequeira, Maria Clara, The Mission, entre muitos outros. O projecto é liderado pela artista Mary Nymphection e inclui a participação de arleqvino (arcano.zero).

Roy Batty
- Roy Batty é o nome sob o qual André Trindade actua com instrumentos da sua autoria, modificados por ‘circuit bending’. Este processo consiste na procura de novas ligações possíveis nos circuitos de instrumentos eléctricos (brinquedos de crianças, rádios ou órgãos), com o intuito de sintonizar a sua 'voz' própria - aquela que se esconde por detrás das opções de som pré-definidas de cada objecto. O resultado é uma amplitude de sons imprevisíveis e viscerais, que Batty trabalha para formar texturas ásperas e cruas, modeladas através de ecos cavernosos. Este processo é espelhado na produção visual desenvolvida por Trindade com colagens e fotocópias, que igualmente avança em direcção ao cerne da máquina (uma fotocopiadora avariada, herdada de uma sociedade arqueológica) através de sucessivas ampliações dos seus erros e da sua linguagem técnica latente. André Trindade é artista visual (Escultura/FBAUL; Programa de Estudos Independentes/Maumaus) e co-fundador da editora de cassettes URUBU, dedicada à música experimental de vários espectros.


RECINTO

LXFactory
- É no ano de 1846 que a Companhia de Fiação e Tecidos Lisbonense, um dos mais importantes complexos fabris de Lisboa, se instala em Alcântara. Esta área industrial de 23.000m2 foi nos anos subsequentes, ocupada pela Companhia Industrial de Portugal e Colónias, tipografia Anuário Comercial de Portugal e Gráfica Mirandela.

Uma fracção de cidade que durante anos permaneceu escondida é agora devolvida à cidade na forma da LXFACTORY. Uma ilha criativa ocupada por empresas e profissionais da indústria também tem sido cenário de um diverso leque de acontecimentos nas áreas da moda, publicidade, comunicação, multimédia, arte, arquitectura, música, etc. gerando uma dinâmica que tem atraído inúmeros visitantes a re-descobrir esta zona de Alcântara.

Em LXF, a cada passo vive-se o ambiente industrial. Uma fábrica de experiências onde se torna possível intervir, pensar, produzir, apresentar ideias e produtos num lugar que é de todos, para todos.

quarta-feira, 5 de outubro de 2016

Grimoire - Uma aventura pelas ambiências sombrias da Babalith


A Babalith brinda-nos com este excepcional trabalho onde primam os ambientes obscuros, estamos a falar, neste caso, de Grimoire, um álbum de cariz poderoso que oscila pelos caminhos do Dark ambient e som ritualista a que o projecto nos tem habituado. As field recordings estão muito bem conseguidas e as influências xamânicas de André Consciência, mentor do projecto, conseguem cativar o imaginário da mente e nos projectam para um campo onde o fogo dança em círculos.

Em participação com a artista Irina Metamorfoses na voz e na guitarra, conseguimos ouvir uma forte presença de folk, neste caso o Flamenco, que se encaixa perfeitamente neste contexto, trazendo um brilho ao som. Esta é uma viagem interessante que nos prende a alma e faz com que tenhamos a tentação de ouvir todo o som de novo, para entendermos cada bocado, talvez de uma perspectiva diferente.

Cada faixa tem um sentimento próprio que nos puxa de dentro para fora, como se estivéssemos a sair do corpo para o exterior, através de uma corrente energética que nos vicia.

Cada pedaço deste corpo sonoro é um link para mundos paralelos e estranhos, música para os que estão Ligados!